quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Peça teatral na Caravela Espírito Santo

Verônica Gomes, Roberto Claudino, Marcelo Moreira, Regiinaldo Secundo



A AVENTURA DA VILA DE VITÓRIA CONTRA OS PIRATAS, THOMAS CAVENDISH  E ROBERT MORBAN
Em passeio pelos arredores da Ilha de Vitória para escolas públicas de ensino fundamental e médio patrocinado pelo BANESTES, apresentado por 3 meses no Projeto Navegando na Educação do IPAN, com repercussão em nível nacional, passado no Jornal Nacional. A Caravela Espírito Santo para em frente entre o Morro do Penedo e o Saldanha da Gama que antes era o Forte de São João e acontece a peça.
A HISTÓRIA
Poucos dias antes do acontecimento é entregue uma carta a donatária Luisa Grimaldi (conhecida como Grinalda), por um mensageiro cansado vindo da Bahia, a mando do Padre Jesuíta José de Anchieta avisando do ataque dos temidos piratas Thomas Cavendish e Robert Morgan.
A Vila de Vitória dispunha de um punhado de homens válidos e umas poucas espingardas. Mas, para defender a capitania, a donatária convoca o Capitão-de-Ordenanças Miguel de Azeredo que substitui a falta de armas pela astúcia, com a ajuda de escravos negros e o cacique Japiaçu, com 200 arqueiros goitacazes.
No dia do ataque, 8 de fevereiro de 1592, entram no canal duas caravelas, ostentando a bandeira de São Jorge. A bordo 120 corsários de Sua Majestade, a Rainha Elizabeth da Inglaterra, no comando o capitão Robert Morgan e na outra caravela sob o comando do sanguinário Capitão Thomas Cavendish, achando que seria um alvo fácil. Cavendish, um dos mais temidos piratas do mundo, ficou ancorado nas proximidades da Ilha do Boi, no navio Capitânia “Leiscester”, enquanto Morgan com um brilho de cobiça no olhar, avança pelo canal, confiando encontrar pouca ou nenhuma resistência entre as poucas centenas de habitantes da vila. Logo descobre que estava errado.
Entre as gargantas do Penedo e do Morro do Vigia, um pelotão de escravos negro ergue uma corrente oculta sob a superfície do mar, bloqueando o avanço dos barcos. Sob a chefia do cacique Japiaçu, os índios erguem-se de seus esconderijos, dos dois lados do canal e começam a lançar nuvens de flechas sobre os ingleses. Ao mesmo tempo, os soldados de Miguel de Azeredo, protegidos em fortins de taipa camuflados no mato, disparam suas balestras e espingardas. O experiente Morgan é obrigado a recuar, mas ferido no orgulho, tenta atacar novamente. Dessa vez a derrota é pior. Ele e 80 homens morrem e os demais fogem para os navios. O incrível é que entre os capixabas não há nenhuma baixa.
À noite, para iludir o inimigo, Azeredo e Japiaçu mandam acender grandes fogueiras nos morros, a partir do Morro do Moreno até o Penedo.
A inglesada pensa que os defensores são em número muito maior do que são realmente, desistem de continuar a luta. A vitória da Vila de Vitória é completa e Thomas Cavendish fica sem gente suficiente para guarnecer os navios, manda queimar um deles e volta para casa. Envergonhado pela derrota, suicida-se na costa de Pernambuco.
Uma pequena vila tropical perdida nos cafundós do mundo vence 120 guerreiros ingleses comandados por Thomas Cavendish e Robert Morgan, dois dos mais famosos corsários do século quinze.

TEATRO


 A AVENTURA DA VILA DE VITÓRIA CONTRA OS 
PIRATAS THOMAS CAVENDISH E ROBERT MORGAN de Regina Mainardi
Poucos dias antes do acontecimento é entregue uma carta a donatária Luisa Grimaldi (conhecida como Grinalda), por um mensageiro cansado vindo da Bahia, a mando do Padre Jesuíta José de Anchieta avisando do ataque dos temidos piratas Thomas Cavendish e Robert Morgan.
A Vila de Vitória dispunha de um punhado de homens válidos e umas poucas espingardas. Mas, para defender a capitania, a donatária convoca o Capitão-de-Ordenanças Miguel de Azeredo que substitui a falta de armas pela astúcia, com a ajuda de escravos negros e o cacique Japiaçu, com 200 arqueiros goitacazes.
No dia do ataque, 8 de fevereiro de 1592, entram no canal duas caravelas, ostentando a bandeira de São Jorge. A bordo 120 corsários de Sua Majestade, a Rainha Elizabeth da Inglaterra, no comando o capitão Robert Morgan e na outra caravela sob o comando do sanguinário Capitão Thomas Cavendish, achando que seria um alvo fácil. Cavendish, um dos mais temidos piratas do mundo, ficou ancorado nas proximidades da Ilha do Boi, no navio Capitânia “Leiscester”, enquanto Morgan com um brilho de cobiça no olhar, avança pelo canal, confiando encontrar pouca ou nenhuma resistência entre as poucas centenas de habitantes da vila. Logo descobre que estava errado.
Entre as gargantas do Penedo e do Morro do Vigia, um pelotão de escravos negro ergue uma corrente oculta sob a superfície do mar, bloqueando o avanço dos barcos. Sob a chefia do cacique Japiaçu, os índios erguem-se de seus esconderijos, dos dois lados do canal e começam a lançar nuvens de flechas sobre os ingleses. Ao mesmo tempo, os soldados de Miguel de Azeredo, protegidos em fortins de taipa camuflados no mato, disparam suas balestras e espingardas. O experiente Morgan é obrigado a recuar, mas ferido no orgulho, tenta atacar novamente. Dessa vez a derrota é pior. Ele e 80 homens morrem e os demais fogem para os navios. O incrível é que entre os capixabas não há nenhuma baixa.
À noite, para iludir o inimigo, Azeredo e Japiaçu mandam acender grandes fogueiras nos morros, a partir do Morro do Moreno até o Penedo.
A inglesada pensa que os defensores são em número muito maior do que são realmente, desistem de continuar a luta. A vitória da Vila de Vitória é completa e Thomas Cavendish fica sem gente suficiente para guarnecer os navios, manda queimar um deles e volta para casa. Envergonhado pela derrota, suicida-se na costa de Pernambuco.
Uma pequena vila tropical perdida nos cafundós do mundo vence 120 guerreiros ingleses comandados por Thomas Cavendish e Robert Morgan, dois dos mais famosos corsários do século quinze.